quarta-feira, 13 de julho de 2011

Paradoxo do Nosso Tempo / George Carlin

 Nós bebemos demais, gastamos sem critérios. Dirigimos
 rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde,
 acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV
 demais e raramente estamos com Deus.

Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores.

Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos
 freqüentemente.

Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos
 à nossa vida e não vida aos nossos anos.

Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a
 rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço, mas
 não o nosso próprio.

Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores.

Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo,
 mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos
 menos; planejamos mais, mas realizamos menos.

Aprendemos a nos apressar e, não, a esperar.

Construímos mais computadores para armazenar mais
 informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos
 comunicamos cada vez menos.
 
Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta;
 do homem grande, de caráter pequeno; lucros acentuados e
 relações vazias.

Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas
 chiques e lares despedaçados.

Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral
 descartáveis,  dos cérebros ocos e das
 pílulas 'mágicas'.

Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na
 dispensa.

Uma era que leva essa carta a você e uma era que te
 permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar
 'delete'.

Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas
 não estarão aqui para sempre.

Lembre-se dar um abraço  num amigo,
 pois não lhe custa um centavo sequer.
 
              Lembre-se de dizer "eu te amo" às pessoas que ama, mas,
em primeiro lugar, se ame..
 
ame-se  muito.
Um beijo e um abraço curam a dor,
quando vêm de lá de dentro.

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