É chegado
o dia em que a gente faz um monte de coisas pela última vez, e outras pela
primeira. A gente promete deixar de fazer isso, passar a fazer aquilo, mudar,
mudar e mudar de novo. Pra quê tanta mudança?, eu me pergunto. Por que a gente
não tenta fazer diferente dessa vez? Talvez seja a hora de dar continuidade. De
querer nada mais do que apenas o que já se tem, só que em quantidades maiores.
Será que é pedir demais?
É chegado
o dia em que a gente vai parar de fazer as coisas pela metade, para fazê-las de
verdade. Tente não mais dizer meias-palavras, muito menos acreditar em meias
verdades. Busque a verdade por inteiro, e que ela seja dolorida (se tiver que
ser), prazerosa ou como a gente bem quiser – mas que seja verdade! É chegada a
hora de conhecer as pessoas por completo, ir além da casca e, em suas almas,
encontrar as ferramentas para curar as feridas das nossas. Para que isso
aconteça, basta que nos relacionemos além da superfície, que enxerguemos o que
há por detrás dos olhos.
Que
risquem dos dicionários a solidão.
Que a
gente ouça mais do que palavras e arranque sorrisos que contenham mais do que
dentes e gengivas. Eu quero sorrisos nos olhos. Quero que o choro seja mais do
que simples murmúrio e que as risadas nos tragam a paz de que precisamos, todos
os dias.
E o amor?
Que ele arrebate. E que seja forte, contagioso e incurável.
Vamos
simplesmente viver a vida!